Estamos no Verão, época em que um grade número de nossos jovens encontra-se de férias, vão a praia para curtir, descansar, sair com os amigos... Aí vem um questionamento: é possível se divertir sem beber, sem usar drogas? Muitos jovens não conseguem curtir uma festa, ou sair com os amigos, sem fazer uso de algum tipo de droga, seja lícita ou ilícita. Acham que só terão coragem de “dar ideia” numa garota ou em um rapaz, se beberem, ou se estiverem “anestesiados” com o álcool ou com algum tóxico. A festa só é animada se tiver bebida liberada...
É através das festas que muitos jovens e adolescentes têm o seu primeiro contato com as drogas e, a partir de então, sobrevém a dependência da mesma, ou seja, um vício; desse vício, a destruição da vida, não só do usuário como de sua família, que sofre com a pessoa viciada.
O Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 2291, nos diz que: “o uso de droga causa gravíssimos danos à saúde e a vida humana; [...] constituem uma cooperação direta com o mal, pois incitam a práticas gravemente contrárias à lei moral.” Portanto, se a lei dos homens, que tantas vezes é falha, condena o uso das drogas ilícitas e faz restrições e aversões às drogas lícitas, quanto mais a Santa Igreja Católica, que tem não só a preocupação, mas a missão de conduzir todos à salvação; tem o dever de instruir seus filhos a não entrarem nesse mundo de ilusão e destruição.
Por isso, o Catecismo Jovem (YouCat) nos previne da seguinte maneira:
O prazer das drogas é um pecado, porque se trata de um ato que implica a autodestruição e constitui, portanto, um atentado contra a vida que Deus nos concedeu por amor.
Qualquer dependência humana de drogas legais (álcool, medicamentos, tabaco) e ainda mais graves, de drogas ilegais é uma troca da liberdade pela escravidão; elas danificam a saúdem e a vida do consumidor e prejudicam ainda os que o rodeiam.
Qualquer dependência humana de drogas legais (álcool, medicamentos, tabaco) e ainda mais graves, de drogas ilegais é uma troca da liberdade pela escravidão; elas danificam a saúdem e a vida do consumidor e prejudicam ainda os que o rodeiam.
Quando o ser humano se perde e se esquece na embriaguez (e também no excesso de comida e bebida), quando se entrega à sua sexualidade ou conduz o automóvel com toda a velocidade, perde a sua dignidade e a sua liberdade humana e peca, deste modo, contra Deus.
É uma virtude saber lidar com as fontes de prazer de uma forma razoável, consciente e moderada. (p. 213).
A bebida alcoólica, na forma de vinho, era consumida por Jesus e seus discípulos, não como forma de "droga" para embriagar-se, mas como parte integrante da refeição. Isso ainda é um costume muito comum em alguns países da Europa e entre famílias brasileiras descendentes de europeus. O uso do vinho chega a ser indicado na Bíblia em algumas situações, mas, obviamente, nunca em excesso ou visando à embriaguez.
No caso do uso indiscriminado das drogas, é pecado sim, porque, além de não trazerem qualquer benefício ao organismo ou à vida da pessoa, elas viciam. Não há limite entre o experimentar e o ficar dependente, posto que uma coisa torna-se muito próxima da outra.
Sendo assim, um cristão deve sempre estar atento a fim de perceber se não o está tornando escravo de algo. Pode ser sexo, comida, bebida, diversão, moda, hobby etc. Qualquer coisa que assuma o controle de nós mesmos e não seja o Espírito Santo é um pecado que deve ser rechaçado.
Toda vida humana, desde sua concepção até a morte, é sagrada, porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e à semelhança de Deus. Devemos cuidar do nosso corpo, templo vivo do Espírito Santo. Que a Virgem Maria nos ajude a sermos fieis neste bom propósito!
Seminarista Michael Bruno
(Seminário Diocesano Maria Imaculada, Campos/RJ)
