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O grande inimigo do casamento

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

    Por o matrimônio ter como paradigma o amor da Cruz que é um amor da vontade doada, da abnegação, da renúncia e do dar-se sem reservas, um amor ágape, o seu maior inimigo é o egoísmo. O egoísmo é a peste avassaladora que leva muitos relacionamentos ao desgaste e à separação. Este mal é a doença do amor, reduz a capacidade do homem de amar de verdade sendo dom de si, a um patético e ridículo culto ao seu próprio ego.

   

    Amar é dar-se! O Cardeal Jorge Medina Estéves, em sua pequena e valiosa obra “Você é Casado ou Pensa em Casar?” publicada em 2013, afirma: “Amar é o contrário do egoísmo. Amar é partilhar. Amar é perdoar. Amar é servir e não servir-se do outro. Amar é renunciar ao que seria mais agradável, em favor do bem estar da pessoa amada.”. O egoísta não consegue amar, tudo ele quer pra si, ele é o mais importante em tudo, algo só é bom e tem seu apoio e sua atenção se de alguma forma o satisfaz ou te dá algum retorno, mesmo que não imediato. Toda sua ação tem uma maquinação por trás para terminar em si próprio. No matrimônio seu cônjuge e seus filhos no fundo acabam virando um objeto de sua autossatisfação por um imponente status social ou preenchimento de sua carência afetiva e sexual.

   

    O sacerdote americano Thomas G. Morrow, em seu excepcional livro – “O namoro Cristão em um mundo supersexualizado” – faz uma consideração oportuna sobre o amor: “O ágape exprime-se geralmente de um modo silencioso, sem muito espetáculo. Cinquenta anos passados a lavar a roupa da família; quarenta anos a cuidar dos doentes ou moribundos; décadas de pequenos sacrifícios pelo esposo e pelos filhos...” A pessoa egoísta não consegue viver este amor, não é capaz de enxergar o bem da família, suas decisões não são pautadas pelas considerações: “O que será que fará minha esposa mais feliz?” ou “O que preciso deixar de fazer para estar mais com meus filhos?” ou ainda “Qual comida meu marido gosta de comer no domingo?”. O termômetro é sempre o “eu”, e isso vai retirando do lar o que é próprio da vocação dos casados, o serviço, o sair de si, o amor!

   

    O egoísmo faz com que o casal queira partilhar só o que convém: a comida, o salário e principalmente a cama, fazendo-o esquecer que se casa com pessoas, não com dimensões ou só qualidades dela. É triste, mas é real, a existência de jovens que optaram por casar, mas vivem como namorados, só que agora com a consciência tranquila para fazerem sexo, vivem cada um a sua “vidinha”, cada qual com seu prato, seu copo, e até banheiros separados. A TV, amigos e atividades físicas tomam o lugar do diálogo, da partilha e do comprometimento com as dificuldades do outro.

   

    Os cônjuges devem constantemente fazer uma revisão de seu comportamento, identificar o egoísmo e procurar erradicá-lo. O caminho é a busca da preocupação com o outro, é colocar a esposa / esposo e os filhos por primeiro na lista das prioridades. Isso se dá por ações simples e concretas: lavar a louça do almoço para que a esposa tenha um momento de “esticar as pernas”; deixar de assistir um filme interessante para estar presente nas brincadeiras infantis dos filhos; acompanhar, mesmo sem interesse, um jogo de futebol com o marido para que ele tenha mais a sua presença etc... Esta luta de sair de si deve ser o centro dos esforços dos que se unem em matrimônio, para que, aos poucos, sejam, entre si e para o mundo, imagem do amor de Cristo para com sua Igreja. 

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